quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cirurgia bariátrica e Ressonância Magnética


De forma geral, as cirurgias bariátricas não envolvem a implantação de materiais sabidamente ferro-magnéticos. Portanto, de forma geral, é seguro realizar-se uma RM em paciente com cirurgia bariátrica.
Entretanto, como existem diversas técnicas cirúrgicas e novas técnicas surgem com o tempo, é preciso cautela nesse quesito.

Segue link sobre cirurgia bariátrica:

http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/pacientes_acompanhantes/nucleo_nota_obesidade/cirurgia_bariatrica/cirurgia_bariatrica.asp

terça-feira, 17 de agosto de 2010

RM da Mão: Rizoartrose

RM de mão com HD: de rizoartrose e queixa clínica de dor na região da articulação entre o trapézio e o primeiro metacarpo.
Nesses casos, o ideal é fazer RM de punho, já que a articulação entre o trapézio e o primeiro metacarpo (onde acontece a rizoartrose), fica mais próxima do punho do que dos dedos propriamente ditos.

mao 2010 08 17 1mao 2010 08 17 2mao 2010 08 17 3
Figura: A), B) e C) Imagens coronais T1, T2FS e T1FS pós contraste da mão, demonstrando alteração ao nível da articulação entre o trapézio e o primeiro metacarpo. Nesses casos, o ideal é fazer RM de punho e não mão.

RM da Coxa

RM da Coxa

Pedido médico: RM da Coxa Direita
HD: Lesão dos adutores
Queixa clínica: Dor na coxa direita há 2 meses. Suspeita de estiramento dos adutores.
Como fazer o exame?

Nesse caso, o ideal é posicionar a bobina mais para a região proximal das coxas, visto que os adutores se localizam nessa topografia.
Os cortes axiais devem ser programados, de forma a cobrir toda a extensão desses músculos (porção proximal da coxa). Evitar fazer cortes axiais no "meio" da coxa, pois dessa forma, não se avaliará os adutores.

Exemplo de programação correta/errada:

coxa 2010 08 17 1 coxa 2010 08 17 2 coxa 2010 08 17 3 coxa 2010 08 17 5 coxa 2010 08 17 4 coxa 2010 08 17 6
Figura: A) e B) Imagens coronais T1 e STIR das coxas. Para a avaliação dos adutores (círculos), é interessante que a bobina seja posicionada mais para cima, para se evitar artefatos. C) Imagem coronal T1 mostrando programação de rotina dos cortes axiais. D) e E) Imagens inicial e final da programação de rotina dos cortes. Veja que para se avaliar os adutores, é necessário que os cortes axiais sejam programados mais para cima, na raíz da coxa. Vide imagem F).

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

TC da hemipelve direita

Pedido médico: TC da hemipelve direita
Médico solicitante: Ortopedista
HD: PO de tumor de sacro, cóccix e pelve

Devemos fazer TC de Pelve ou de Bacia?

Nesse caso, o mais provável é que se queira estudar se existe recidiva ou remanescente do tumor operado.
Como o tumor é do osso (sacro e cóccix), o ideal é faze TC de bacia sem e com contraste.

Hipoglicemiantes orais

Os seguintes hipoglicemiantes orais não possuem metformina em sua composição:

Creon
Daonil
Diabnese
Diamicron
Euglucon
Glebenclamida
Lisaglucon
Minidiab
Gluconorm
Prandin
Premadin
Glimeperida
Glucobay

Hipoglicemiantes orais

Os seguintes hipoglicemiantes orais não possuem metformina em sua composição:

Creon
Daonil
Diabnese
Diamicron
Euglucon
Glebenclamida
Lisaglucon
Minidiab
Gluconorm
Prandin
Premadin
Glimeperida
Glucobay

terça-feira, 10 de agosto de 2010

RM de Região Inguinal

RM de Região Inguinal. O que fazer?

De forma geral, se o médico solicitante for um ortopedista, fazer RM de Bacia. Se for um ginecologista ou gastroenterologista, fazer RM de pelve.

Dificuldade de Extensão do Cotovelo - TC

Habitualmente, uma TC de cotovelo é realizada com o cotovelo a ser examinado em posição totalmente estendida, e com o braço estendido sobre a cabeça.

RM de Coluna Lombosacra com HD de sacralgia

RM de Coluna Lombosacra com HD de sacralgia. O que fazer? RM de coluna lombosacra ou RM de sacroilíacas?

Embora não seja uma conduta universal, sugerimos realizar RM de coluna lombosacra conforme o pedido. Caso seja necessário, o médico solicitante pode pedir uma RM de sacroilíacas em um segundo momento, caso persista indicação clínica.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

RM da bacia/pelve

Pedido de RM da bacia/pelve em paciente com neo de prostata. O que fazer?

Essa e uma questão difícil, sem uma resposta absoluta.
Segue uma sugestão.
Se a dúvida e metástase óssea, fazer bacia.
Se a dúvida for infiltração periprostática ou linfonodomegalia, fazer pelve.
Se for dúvida de ambas, fazer os dois protocolos.




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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Compensação de fluxo

Compensação de fluxo
De forma geral, a compensação de fluxo deve ser no corte (slice) para sequências axiais, e na direção da leitura (read) para sequências coronais e sagitais.


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dicas para contornar a questão de SAR

Dicas para contornar a questão de SAR

1. Posicionar melhor o paciente
2. Em sequências SE ou FSE, diminuir o flip angle em até 10 a 15 graus
3. Aumentar o TR
4. Mudar o modo do gradiente (de fast para normal, ou de normal para low SAR

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dicas para melhorar a supressão de gordura na RM do ombro

Dicas para melhorar a supressão de gordura na RM do ombro:


1. Tente posicionar o ombro o mais próximo possível do centro do magneto.

  • 2. Tente reduzir o “efeito de corrente turbilhonada”, através da aplicação de uma menor largura de banda, mudando a direção de codificação de fase e usando uma menor densidade de amostragem (sampling rate).

  • 3. Tente reduzir o “efeito de linha cruzada”, aumentando o número de concatenações (ex: 2 concatenações ao invés de 1).

  • 4. Caso estas dicas não sejam suficientes para se obter uma imagem com supressão de gordura adequada, faça uma sequência STIR.


Referência: Tips for T2-Weighted TSE Shoulder Imaging with Spectral Fat Saturation. Zhang WJ. Hollenbach HP. Magneton Flash. 1/2010.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Marcador de superfície na RM II

Em diversas situações, o uso de um marcador de superfície torna-se desejável.
Particularmente nos exames de músculo-esquelético, o marcador deve ser utilizado em casos de queixa localizada ou de “caroços” referidos pelos pacientes.

Como regra geral, o marcador não deve pressionar a pele, pois isto pode dificultar a identificação de pequenas alterações, como por exemplo, um pequeno nódulo no subcutâneo (ex: um pequeno lipoma).

marcador 2010 06 09
Imagem axial T2FS de punho. Seta verde: Exemplo de marcador de superfície sem pressionar a pele.


marcador 3 2010 06 09
Imagem axial T1FS de punho. Seta verde: Exemplo de marcador de superfície pressionando a pele.


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Marcador de superfície na RM I

Em diversas situações, o uso de um marcador de superfície torna-se desejável.
Particularmente nos exames de músculo-esquelético, o marcador deve ser utilizado em casos de queixa localizada ou de “caroços” referidos pelos pacientes.

marcador 2010 06 09
Imagem axial T2FS de punho. Seta verde: Exemplo de marcador de superfície.

Este marcador pode ajudar em diversas situações:

1. Ajuda o radiologista a “encontrar” o local da queixa ou “caroços” referidos.
2. Mesmo nos casos onde não se encontra nenhuma alteração, a presença do marcador dá mais confiança ao radiologista, em dizer que realmente não se encontrou alteração que justifique a queixa do paciente.
3. Em casos onde há várias alterações, a presença do marcador ajuda a dizer qual dessas alterações responde pela queixa.
4. O marcador ajuda a indicar o local onde o exame deve ser feito. Ex: RM de coxa com suspeita de “caroço” na parte distal e posterior da mesma. Nesse caso, em vez de fazer um exame da coxa inteira, podemos fazer um estudo direcionado para a porção distal da coxa, com um menor campo de visão e com maior resolução de imagem.


marcador 2 2010 06 09
Imagem axial T2FS de punho. Exemplo de utilidade do marcador de superfície: A seta verde indica o marcador. A seta vermelha indica a presença de um cisto neste local. Isso ajuda o radiologista a identificar mais rapidamente a alteração, e dá confiança ao mesmo, em dizer que este cisto corresponde à queixa do paciente.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pacientes em diálise e uso de contraste iodado

Pacientes em diálise e uso de contraste iodado


Pacientes com doença renal terminal (rins não fucionantes):

Em pacientes com doença renal terminal, a questão que existe é se há a necessidade de se realizar diálise depois do exame de TC com contraste.
Como esses meios de contraste não estão “grudados” a proteínas, e possuem peso molecular relativamente baixo, eles são prontamente retirados do organismo, através de diálise.
A principal preocupação em pacientes dependentes de diálise é a carga osmótica do meio de contraste, embora haja uma preocupação teórica com o risco de toxicidade química direta no coração e na barreira hemato-encefálica.
À não ser que haja disfunção cardíaca significativa de base, ou que grandes volumes de contraste sejam utilizados, não há necessidade de diálise urgente (embora a mesma seja recomendável).
Além disso, é importante limitar a dose de contraste, e usar contrastes não-iônicos, para reduzir o risco de efeito adverso devido a hipertonicidade.


Pacientes com insuficiência renal (mas com algum grau de função renal preservada):

Pacientes com insuficiência renal que necessitam de diálise apenas de forma ocasional ou intermitente apresentam risco substancial de nefrotoxicidade induzida por contraste, com risco de piora permanente de sua função renal.
Nesses pacientes, métodos alternativos de imagem devem ser considerados.

Fonte: ACR: Manual on Contrast Media. 2008.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tratamento com metformina e risco de acidose lática

Tratamento com metformina e risco de acidose lática


Pacientes em uso de metformina correm risco de desenvolver acidose lática, caso utilizem contraste iodado intravenoso.

Se ocorrer disfunção renal devido ao meio de contraste iodado, um acúmulo de metformina pode causar acidose lática. O risco de morte, caso a acidose lática ocorra, é de 50%.


Segundo as diretrizes do American College of Radiology (ACR):

A metformina deve ser descontinuada temporariamente, no momento ou antes do exame, e até 48 horas após o procedimento. A metformina deve ser retomada apenas quando a função renal for reavaliada e estiver normal.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Metformina e gadolíneo

Metformina e gadolíneo


Não é necessário descontinuar a metformina antes de um exame de RM com contraste, caso a dose de contraste seja a habitual entre 0,1 e 0,3 mmol/Kg.


Fonte: ACR: Manual on Contrast Media. 2008.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Indicações para uso de contraste iodado não-iônico

Indicações para uso de contraste iodado não-iônico


Idealmente, é interessante utilizar contraste iodado não-iônico em todos os pacientes, devido a menor taxa de efeitos adversos apresentada por este tipo de contraste iodado.

Entretanto, o preço do mesmo pode impedir que o seu uso seja feito para todos os pacientes que necessitam de contraste.

Porisso, caso não haja possibilidade de se injetar contraste não-iônico em todos pacientes, sugere-se ao menos utilizar contraste não-iônico em algumas situações específicas:

Os pacientes que podem se beneficiar do uso de contraste iodado não-iônico são aqueles com risco aumentado de efeitos adversos. Eles incluem:

  • Pacientes com história de qualquer reação adversa prévia, devido ao uso de contraste intravascular (com exceção de calor, rubor, ou episódio isolado de náusea ou vômito)
  • Pacientes com asma
  • Pacientes com história de reação alérgica séria a outros materiais ou substâncias (que não contraste iodado)
  • Pacientes com disfunção cardíaca comprovada, incluindo pacientes com risco para ou episódio recente de insuficiência cardíaca congestiva aguda, disritmia, angina instável, infarto do miocárdio recente, ou hipertensão pulmonar
  • Pacientes com insuficiência renal (principalmente aqueles com Diabetes)
  • Pacientes com debilitação generalizada e grave, determinada por um médico
  • Pacientes com alto risco para extravasamento de contraste
  • Pacientes recebendo contraste por bomba injetora
  • Qualquer outra circunstância na qual, devido a uma consideração ponderada, o radiologista acredite que há uma indicação específica para contraste não-iônico.

        quarta-feira, 5 de maio de 2010